Casa-fosso (ou subterrânea) do povo indígena Itararé ou Taquara no Brasil

Pioneiros 02 de Julho de 2020

Este material foi produzido pelo Centro de Estudios Arqueológicos e Históricos del Paraguai e aborda a particularidade arquitetônica das habitações dos índios Itararé, pertencente à nação Guarani, habitantes de ambas margens do Rio Paraná. 


Composição artística de uma aldeia de casas subterrâneas da cultura Kaingang, de tradição Taquara na região do Rio Grande do Sul, Brasil. Ilustração de Luciano Veronezi.
Imagem: Acervo do Centro de Estudios Arqueológicos e Históricos del Paraguay - CEAHP.

Composição artística de uma aldeia de casas subterrâneas da cultura Kaingang, de tradição Taquara na região do Rio Grande do Sul, Brasil. Ilustração de Luciano Veronezi. Imagem: Acervo do Centro de Estudios Arqueológicos e Históricos del Paraguay - CEAHP.


 

Las orillas del Río Paraná fueron pobladas por los seres humanos desde hace aproximadamente 12000 años A.P. Prueba de estos primeros asentamientos permanentes son las Casas-Pozo, que caracterizan a la Cultura Itararé, denominada también Tacuara en el Brasil, y que habitó ambas márgenes del Río Paraná desde el 2000 A.P. hasta el 450 A.P., tal como lo comprobaron las prospecciones arqueológicas realizadas a lo largo del cauce hídrico.

Las Casas-Pozo son espacios domésticos subterráneos, excavados con herramientas de madera y piedra. Se presentan, aisladas o agrupadas formando aldeas en lo alto de los cerros. Estos lugares eran escogidos por su fácil drenaje que evitaba que el agua de lluvia las inundara.

Sus dimensiones oscilaban desde los 2 metros hasta unos sorprendentes 15 metros de diámetro. La profundidad de una “Casa-Pozo” promediaba los 2 metros y el piso era de tierra apisonada. Las evidencias arqueológicas encontradas dentro de las “Casas-Pozo” hacen suponer la presencia de postes de madera que sostenían un techo de paja. Los restos carbonizados hallados indican el uso de fuego (hogares) y la preparación de alimentos en su interior. Las investigaciones arqueológicas revelan una larga ocupación sucesiva de estos pozos. Pero su ubicación e identificación se hace difícil ya que, luego de su abandono, los recintos fueron erosionados y rellenados por acción de los agentes naturales.

En las Casas-Pozo se han registrado las primeras evidencias de la práctica de agricultura y restos de cerámica en esta región, lo que caracteriza a los grupos humanos que abandonaron el nomadismo para asentarse en una zona en forma permanente. En base a informaciones arqueológicas, históricas, etno-históricas y lingüísticas, la Tradición Itararé-Taquara fue asociada a grupos hablantes de idiomas Gé (distintos a los Guaraníes) y que ocuparon el sureste de Paraguay, el Brasil meridional y el nordeste de Argentina.
 

Texto original postado pelo Centro de Estudios Arqueológicos e Históricos del Paraguai, em sua página no Facebook, no dia 19 de junho de 2020.

 

 

Tradução livre para o português

 

As margens do Rio Paraná foram povoadas pelos seres humanos há aproximadamente 12.000 anos.  Prova dos primeiros aldeamentos permanentes são as casas fosso, que caracterizam a cultura Itararé, chamada também  de Taquara no Brasil. Esse povo nativo habitava em ambas as margens do Rio Paraná de 2000 até 450 anos atrás, como confirmam as prospecções arqueológicas realizadas ao longo do canal hídrico.

 Esse tipo de moradia eram espaços domésticos, escavados no solo com ferramentas de madeira e pedra. Apresentavam-se, isoladas ou agrupadas formando aldeias no alto dos morros, lugares  escolhidos pela sua fácil drenagem que evitava que a água da chuva as inundasse.

Suas dimensões variavam de 2 metros até 15 metros de diâmetro. A profundidade de uma ′′ casa-fosso ′′  media em média 2 metros e o piso era de terra compactada. As evidências arqueológicas encontradas dentro dessas habita;óes indicam a presença de postes de madeira, no centro, para sustentar o telhado de palha. Os restos carbonizados encontrados indicam que o local servia de moradia e para a preparação de alimentos em seu interior.

Pesquisas arqueológicas ainda revelam uma longa ocupação e sucessiva desses espaços primitivos.  De maneira geral, a localização precisa e a identificação correta tornam-se difíceis pois as "casas fosso"  foram cobertas pela erosão e pela ação de outros agentes naturais.

Nas casas fosso sáo registradas as primeiras evidências da prática de agricultura e os restos de cerâmica na região indicam que o grupo indígena tinha capacidade para produzir seus proprios utensílios, partir do barro. O que caracteriza que os grupos humanos abandonaram o nomadismo para se assentar numa área em forma permanente.

Com base em informações arqueológicas, históricas, etno-históricas e linguísticas, especialistas associam a tradição Itararé-Taquara a grupos falantes de línguas Gê (diferentes dos Guaranis) e que ocuparam o sudeste do Paraguai, o Brasil do sul e o nordeste da Argentina.

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