Genealogia - O fio da meada

Pioneiros 08 de Março de 2016

Estudar, pesquisar e conhecer a origem e a história de sua família deve ser um compromisso de cada ser humano.



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No leito de morte, o pai moribundo expressa seu desejo derradeiro: –

 - Filho, você e eu sabemos que estes são meus últimos suspiros. Eu tive muito tempo para pensar nestes dias e finalmente tive coragem suficiente para admitir um desejo que sempre espantei – por preguiça e comodismo -: Peço que seja feito o resgate da história de nossa família. Filho, talvez agora tu não entendas a importância, mas a história pode ser o nosso bem mais valioso e até nos ajudar a contornar problemas na vida…. Seria tarde demais, então, para um último pedido?

E você, leitor, o que sabe sobre a tua família? De onde vieram os teus antepassados, o que foram e o que fizeram?

Uma forma interessante e simples de sistematizar dados familiares é construir uma árvore genealógica. Embora requeira tempo e dedicação para pesquisar e reunir registros e informações, é uma atividade desafiadora e envolvente.

Para o registro dos dados, sugiro o uso de programas disponíveis na internet. Um dos softwares mais populares é o Family Tree Builder – mas existem outros -, que possibilitam reunir as informações, criar álbuns e pesquisar parentes em outras árvores genealógicas. Na maioria dos programas gratuitos existe um limite de membros que pode ser inserido na árvore, mas se você se envolver a ponto de ultrapassar o limite, adquira uma versão paga.

Como iniciar: você pode construir sua árvore genealógica aos poucos, e ir acrescentando dados à medida que vai obtendo informações. Inicie a construção por você e depois vá adicionando outros membros, como os pais e avós. No registro de nascimento você vai encontrar o nome dos teus avós e no registro de nascimento dos teus pais, você encontra o nome dos avós deles – e assim você terá o nome dos bisavôs!

Cemitérios são fonte importante de dados. Nas lápides, além do nome, você obtém a data de nascimento e óbito, e às vezes o sobrenome de solteira da mulher. Para a coleta dos dados você vai precisar de máquina fotográfica, papel e lápis. Se for realizar a pesquisa em lápides mais antigas, vá munido do “kit cemiterial” – que consiste em uma garrafa de água, pano de limpeza e giz branco. Após limpar os dizeres, passe o giz (ele sai com água) para visualizar informações que às vezes já estão desgastadas pelo tempo.

Igrejas possuem grande acervo. No Brasil, apenas a partir de 1889 é que o registro de nascimento, casamento e óbito deixou de ser uma prerrogativa da Igreja Católica, o que faz com que os arquivos paroquiais sejam fonte preciosa para as pesquisas genealógicas que antecedem esse período.

Na internet, um dos maiores acervos mundiais – microfilmes de registros de nascimentos, casamentos e óbitos, obtidos da transcrição integral de registros constantes em paróquias ou cartórios -, é disponibilizado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e os dados podem ser obtidos no site do familysearch (https://ident.familysearch.org)

Arquivos públicos: a maioria das cidades possui arquivos que reúnem livros, periódicos e documentos do tempo em que os fatos ocorreram. Pesquise, pois essas informações vão te ajudar a contextualizar a tua própria história.

Por fim – e não menos importante -, sugiro a coleta de dados pelo relato oral: converse sobre a vida da família com os idosos, aproveite todas as ocasiões e crie oportunidades! Os relatos proveem subsídios formidáveis para uma boa história, então procure gravar as conversas pois assim elas estarão disponíveis sempre que você quiser consultá-las.

Interessou?

Agora você já sabe como começar… ou também vai deixar como último desejo no leito de morte?

Fonte:  http://municipiomais.com.br/genealogia/

Reprodução: www.genealogiacapef.com.br - Acesso em 05.03.2016

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