Alli Weimann casou-se com Erica Selvina Berger no dia 15 de dezembro de 1951, em Cascata, Horizontina, RS. O casal tem um filho e três filhas (Celso, Alda, Ingrid e Liane).

Em Horizontina, Alli (in memórian) foi professor, por isto, mesmo com as terras já compradas em General Rondon, em 1951 e uma proposta de construir e equipar uma casa comercial que seu antigo patrão havia feito, o casal saiu do Rio Grande do Sul somente em 1952.

A ideia de abrir uma casa de comércio não deu certo, pois ao chegar já existia o Empório Rondon e estava em construção a Casa Nied, de Alfredo Nied, e, na visão de Alli, para a época mais uma casa de comércio não comportaria para localidade.
 

 

Sem desanimar, Alli pensou numa alternativa e foi aí que surgiu a ideia de construir uma rodoviária. Seu amigo, o agrimensor Albino Schmitt comprou um ônibus e propôs uma sociedade.

Antes de iniciar a construção da rodoviária, Alli retornou ao Rio Grande do Sul para comprar uma vaca de leite. Com o negócio feito ele retornou a General Rondon e ficou sabendo do assassinato de Albino Schmitt, seu pretenso sócio, decepcionando-o mais uma vez para iniciar um trabalho.  Decepcionados sim, mas não desanimados, Erica e Alli não perderam a esperança de dias melhores, o que em breve aconteceu.

De Chapeta, Rio Grande do Sul, Ernesto Genz chegou a General Rondon com um ônibus e logo lhe ofereceu um trabalho de motorista, o qual Alli aceitou, mas como não tinha habilitação para esse tipo de transporte, depois de três meses recebeu uma intimação para regularizar o mesmo, o que tinha que ser feito em Foz do Iguaçu. Com a documentação em dia, Alli seguiu seu trabalho dirigindo ônibus.

A casa de Alli e Erica Weimann foi construída na Avenida Rio Grande do Sul e no mesmo local o casal abriu um bar, denominando-o Bar Floresta. Enquanto o marido enfrentava as estradas dirigindo o ônibus, Erica cuidava da casa, dos filhos e do bar. Dedicada e empenhada a sorte desta vez estava ao seu lado, pois foi nomeada agente de correio no ano de 1952, pelo então governador do Estado do Paraná, Moisés Lupion. Nesta agência Erica permaneceu como responsável até fevereiro de 1958.

Para a época, uma agência de correio foi muito importante, pois significava a única forma de comunicação entre as famílias e conhecidos que se distanciaram por motivo de mudanças.
 

Em frente ao Bar Floresta era a parada de ônibus onde passageiros embarcavam e desembarcavam, caracterizando o local como uma espécie de terminal rodoviário.

Inicialmente o transporte coletivo era feito diariamente de General Rondon a Toledo e duas vezes por semana até cascavel. Além do transporte de pessoas, Alli também trazia encomendas, principalmente alimentos. No trajeto entre Toledo e Cascavel havia um cerro muito elevado, conhecido por “Cavalo Morto” sendo este muito perigoso, principalmente em dias de chuva. De acordo com informações de familiares, para proteger os passageiros caso houvesse algum deslizamento, Alli pedia para todos descerem para garantir que nenhum mal lhes fosse acontecer.

No ano de 1959 a família Weimann retornou a Horizontina, contudo, dez anos após (1969), voltou a Marechal Cândido Rondon para retomar suas atividades profissionais, sendo nesta época com a criação de suínos. Mais tarde abriu uma quitanda e não raras vezes Alli saía com uma Kombi para o interior e em festas para vender frutas.

Homem corajoso e com espírito empreendedor, Alli Weimann foi aos poucos se reestruturando e a partir daí os seus negócios foram aumentando, chegando a construir um supermercado no centro da cidade. Anos mais tarde alugou o estabelecimento comercial e posteriormente resolveu vendê-lo, investindo o dinheiro na compra de quatro colônias de terras.
 

Alli e Erica sempre foram pais generosos e nunca deixaram de ajudar os filhos que foram se estabelecendo em diferentes localidades e profissões. O filho Celso, seguindo o exemplo do pai, iniciou um pequeno mercado no Jardim Higienópolis, o qual foi gradativamente ampliando, sendo hoje o Supermercado Weimann que é gerenciado por seus familiares.