Irmãos Schöne - os pioneiros Lauro, Raul e Ivo

05 de Abril de 2016

“Quando nós chegamos a Marechal Rondon em 13 de maio de 1951 aí tinha nove moradias e muito mato em volta”.

       1ª PARTE

       Conversar com eles –  Lauro, Raul e Ivo Schöne⁽¹⁾ - sobre o começo de Marechal Cândido Rondon – é conhecer em profundidade curiosidades históricas daquele tempo pioneiro e da formação da cidade. Os três irmãos chegaram por essas bandas em 1951. Contam que havia em General Rondon – o que é hoje a sede municipal – nove famílias morando ao chegarem de muda.

       “Nosso pai  antes de mudar-se para o Paraná foi conhecer a região de Concórdia, Santa Catarina, onde morava um cunhado dele, Germano Brawers,  no interior da localidade Arabutã. Voltou de lá decepcionado. Era terra de muito morro, justamente o que ele não queria”. Os irmãos lembram bem que ele falou no retorno daquela viagem: “Trocar morro por morro, fico morando aqui”. A gente morava lá no Rio Grande  numa região de muitos morros. Para sair da nossa propriedade e chegar na sede do nosso município – era de carroça naqueles tempos – a gente tinha que passar no interior de outro município para chegar na cidade de São Jerônimo, às margens do Rio Jacuí, a cujo município pertencíamos”.

      A ideia de mudar-se do Rio Grande do Sul, depois da viagem a Santa Catarina, ficou meio abandonada.  “O nosso pai nem fala mais nisso”.

     ⁽¹⁾ Quando a família mudou-se para o Oeste Paraná, os três irmãos, Lauro tinha19 anos,  Raul 16 anos e  Ivo 14 anos, respectivamente.

 

                                                                    Compras de terras no Oeste do Paraná

      Lá pela metade de 1950 a família Schöne e familiares receberam a visita do cunhado   e família de Arabutã, que tinham viajado a Sertão Santana para se despedir dos parentes, pois estavam prestes a transferir de residência para o novo projeto de colonização no Oeste do Paraná,  conhecido como Maripá e iriam morar num lugar chamado de General Rondon.

      A notícia trazida pelo cunhado reacendeu em Leopoldo Schöne a vontade de  sair de Sertão Santana. Assim, já acompanhou o cunhado na volta para Arabutã para dali viajar para Oeste do Paraná. Em Arabutã, Leopoldo Schöne teve contato com Benno Stürmer, corretor da Maripá, que estava ali organizando uma caravana de pretensos compradores de terras no Oeste Paraná,  e que dentro de dois a três dias viajaria com a comitiva para a região.

      Chegado a então General Rondon analisando e avaliando áreas ofertadas, Leopoldo Schöne acabou adquirindo quarenta  alqueires de chão (quatro colônias) , entre Marechal Rondon e Quatro Pontes – Granja Schöne - em frente ao atual posto de combustível Trovão Azul.

       Fechada a compra e acertado os documentos, Schöne volta logo a Sertão Santana para vender a sua propriedade   e organizar a mudança para a então General Rondon.

      O cunhado Germano Brawers – casado com Hetti Schalbe -  que tinha levado a boa notícia das terras paranaenses, comprou a primeira área de terras (duas colônias) do perímetro 11 do projeto de colonização da Maripá, ou seja a área em frente ao Parque de Lazer Rudolfo Rieger, desde a Sanga Matilde Cuê, até a rua após a Escola Municipal Waldomiro Liessen, no sentido oeste-leste. Ou onde hoje está localizado parte do Jardim das Torres e onde será construída a futura sede da Acimacar.  Porém, Germano Brawers fixou residência em Toledo. Anos depois  o pedaço de chão foi  vendido para outros interessados.  

                            

                                                                                         Venda propriedade no RS

      De retorno ao Rio Grande do Sul imediatamente Leopoldo começa ofertar  sua propriedade para venda. Não foi difícil encontrar um comprador. Logo o cunhado  Arthur Teifke⁽²⁾ se interessou pela terra e instalações.

      ⁽²⁾ Era irmão de Alma Teifke, primeira esposa de Leopoldo Schöne, falecida muito nova, quando os irmãos Lauro, Raul e Ivo tinham 11, 8 e 6 anos, respectivamente. Leopoldo Schöne casou-se tempos depois com  Lidia Brawers, filha de Carlos Brawers e Catarina Ühlein.

                                                 

                                                                             Mudança para General Rondon

     Vendida a propriedade e alguns pertences difíceis de levar na mudança,  Leopoldo Schöne tratou organizar tudo e contratar alguém para trazê-los a  Marechal Rondon. Mas tinha um problema – se é  que pode ser considerado um problema -  não bastaria um caminhão: eram necessários dois. Como tinha levado a notícia das excelentes terras do Oeste Paraná,  os cunhados Carlos Brawers Filho⁽ᵌ⁾ e Guilherme Brawers e mais o vizinho João Gimenez decidiram aventurar e vir juntos  com suas respectivas famílias. Assim Leopoldo Schöne contratou dois caminhões junto aos  irmãos Alfredo e Rudi Raab, comerciantes em Sertão Santana e também donos de uma empresa de ônibus com linha entre a cidade de Sertão Santana e Porto Alegre. Um detalhe: os dois irmãos somente tinham um caminhão. Para ter o segundo veículo, foi acoplada uma carroceria em cima de um chassis de ônibus recém-comprado  e improvisada uma cabine de madeira. Para diminuir a dureza do banco de madeira, usou-se alguns pelegos.

     ⁽ᵌ⁾ Carlos Brawers (pai) e esposa Catarina Ühlein, mesmo com idades avançadas, acompanharam os filhos em suas mudanças para o Oeste do Paraná. Carlos Brawers foi a primeira pessoa adulta que faleceu em Marechal Cândido Rondon.

     A saída das mudanças em Sertão Santana ocorreu na madrugada do dia 07 de maio de 1951. Após seis dias de viagem penosa, porém sem qualquer problema de chuvas, chegaram  em Toledo, na tarde do dia 12 de maio. A viagem obedecia um roteiro mais ou menos definido: às 6 horas todo mundo era acordado para a viagem seguir: 10 horas - parada para o café e o almoço (uma única refeição); no começo da tarde uma parada de aproximadamente duas horas para descanso; e depois continuação da viagem até perto das 22 horas, quando também acontecia a janta. 

       O pioneiro Lauro recorda junto com seus irmãos que a travessia da balsa do Rio Iguaçu deu um tremendo susto. Depois de sairem da margem com os dois caminhões com as mudanças, uns 20 metros rio adentro, a balsa começou a ter problemas com o excesso de carga. O balseiro imediatamente ordenou aos seus auxiliares o retorno da embarcação à margem  e pediu ao "nosso pai para ajudar a tirar com o balde a água que estava invadindo a balsa", lembram os três Schöne. "Com muita sorte conseguimos chegar à margem e alí foi descarregada a metade das mudanças de cada caminhão, para daí fazer a passagem. Esse transtorno retardou a nossa viagem em mais de duas horas, porque depois de ter atravessado o Iguaçu e gente teve que recarregar  as cargas", explica Lauro. 

       Os três irmãos recordam que na vinda de Cascavel, com muito mato, às margens da precária estrada, de repente uma clareira com uma vila.  “ O nosso pai disse que ali era vila de Toledo e que a gente ia parar ali e pernoitar, mas que ainda  durante a tarde ele tinha que falar como senhor Willy Barth, para ver como estava o alojamento (barracão) em Rondon, para alojar as mudanças”. Recordam Lauro, Raul e Ivo que o pai contou mais tarde que Barth ficou um pouco chateado, reclamando que eles tinham chegado muito cedo porque o barracão⁽⁴⁾ não estava cem por cento  pronto e que também faltava finalizar o poço para ter água.  Mas, autorizou que as mudanças assim mesmo fossem acomodadas na construção .

 

      ⁽⁴⁾ Este barracão foi construído pelo pioneiro e mestre em carpintaria, Ervino Finger.

 

       Assim, no amanhecer do dia 13 de maio os dois caminhões foram movimentados para a última etapa da longa viagem, entre a Toledo e a então Vila de General Rondon, por estrada que passava pela atual sede distrital de Margarida (que nem sequer tinha uma moradia), depois KM 11, Pato Bragado que ainda não existia, seguindo para Iguiporã, também um lugar deserto de moradores, Curvado e finalmente a Vila de General Rondon. “Chegamos em General Rondon entre às quatro e cinco horas da tarde do dia 13 de maio de 1951, tinha nove famílias morando na vila e em volta muito mato” ainda suspiram os irmãos pioneiros⁽⁵⁾.

 

       ⁽ 5⁾  - Lauro casou-se em 23 de junho de 1956 com Elfrieda Vorpagel, filha dos pioneiros  Emma Griep e Carlos Rodrigues Alberto (Erich) Vorpagel.

        Filhos do casal:

        - Ari c. c. Lori Schmechel;

        - Ilmo c.c. Salete Kist;

        - Ingrid c. c. Decio Sturm;

        - Nerci - divorciada

        - Eldor c.c.  Gelci Eggers

        - Lirio c.c. Ivanir Miranda;

        - Plinio c. c. Rosângela Gerhardt;

        - Clair c.c. Paulo Hoffmann;

        - Marise c.c. Jerry Ledur.

 

        - Raul casou-se  em 24 de maio de 1958 com Elli Uecker, filha de Ervino Uecker e Hildegard Hepp.

         Filhos do casal:

       - Neusa c.c. Waldemar Willms;

       - Milton c.c. Marlise Rusch;

       - Sérgio Raul c.c. Magna Locatelli.

 

        - Ivo casou-se em 30 de abril de 1960 com Irani Cemin, filha de Domenico João Cemin e Carolina Rothmann.

         Filhos do casal:

        - Iloi c.c.  Liziane Piano;

        - Ingomar c.c.  Clarice  Alberti.

 

     2ª parte

     Seguem contando os três irmãos Schöne que, logo após descarregar a mudança e ajeitar um pouco as coisas, foram buscar os primeiros baldes de água junto à Sanga Borboleta. Ali a colonizadora tinha aberto três espécies de cacimbas, junto às vertentes de água que davam origem à sanga. Lembram os irmãos que o local para pegar água ficava nos fundos do atual prédio da Metalúrgica Reschke.

     Recordam também que a alguns metros abaixo das “cacimbas”, a Maripá improvisou uma espécie de lavanderia coletiva, com tanques feitos de madeira que eram abastecidos com água corrente da Sanga Borboleta, que vinham por canaletas feitas também de madeira.

     “Foi ali que a nossa madrasta lavou as primeiras roupas no Paraná e fez isso muitas vezes até a gente se mudar. E também ainda está bem vivo em nossa memória a imagem das muitas mães de famílias que foram até a Sanga Borboleta com bacias cheias de roupas sujas. Um grande sacrifício, porque algumas mulheres estavam grávidas e outras sem ter com quem deixar a ‘tropinha’ de filhos, os levavam juntos até os tanques”, lembram os três pioneiros.

     Os irmãos Schöne relatam que dias depois não foi mais preciso buscar água na Sanga Borboleta para a cozinha e banho. Ficou pronto o poço aberto junto ao barracão¹. Este poço foi aberto por um senhor de sobrenome Eckert, com o apelido de “Cachimbeiro”, que mais tarde teria se mudado para a cidade de Guaíra.

 

     ⁽¹⁾ A Maripá construiu dois barracões em Marechal Cândido Rondon para abrigar os migrantes com suas mudanças até construírem a própria moradia nas terras compradas. O primeiro alojamento foi construído na Avenida Rio Grande do Sul, no sentido inverso do Hotel Avenida; e o outro abrigo foi edificado junto à Sanga Matilde Cuê, nas proximidades onde hoje fica o Teatro Municipal (nota do pesquisador). 

 

     “O nosso segundo dia na Vila General Rondon foi para conhecer o que tinha por ali. Andamos por tudo, o que não era nada grande. Tinham onze casas e moravam nove famílias e muito mato em volta. No terceiro dia pegamos a antiga estrada Allica, que passava ao lado do barracão, e fomos ver as terras que o pai tinha comprado. Eram 39 alqueires, que se localizam à direita da rodovia BR-163, no sentido Marechal Rondon a Toledo, em frente ao posto de combustível Trovão Azul. As terras ainda pertencem a membros da família”, relatam os três Schöne.

      “Depois a gente ia todos os dias para o nosso pedaço de terra. Era um bom trecho que a gente fazia a pé, entre ida e volta dava uns oito quilômetros. O almoço era uma marmita que a gente preparava cedo antes de sair”, seguem narrando. “Quando o nosso pai comprou as terras, ele acertou com o pioneiro Carlos Vorpagel, que morava perto da área comprada, para derrubar mais ou menos um alqueire de mato. Mas, um alqueire de terra aberta não era suficiente para instalar as construções e as primeiras culturas. Assim, foi preciso pegar na foice, machado, serra e muito braço para derrubar mais um pedaço de terra. Mudamos definitivamente para as terras que o pai comprou em 1954”.

       Os três irmãos, durante a entrevista, fizeram questão de contar um episódio que se sucedeu depois que estavam vivendo há cerca de três semanas no Paraná. Leopoldo Schöne, esposa e filhos foram surpreendidos por um aviso de Willy Barth para chegarem até o escritório da colonizadora, que ficava junto ao Hotel Avenida.

       “O nosso pai ficou muito assustado quando veio o aviso que o Willy Barth queria conversar conosco. Toda a família ficou assustada, porque a gente nada sabia sobre o porquê do aviso. Todos fomos ao escritório. Logo que chegamos, o nosso pai, todo preocupado, foi pedindo ao Willy Barth sobre o que tinha acontecido, se ele ou alguém da família tinha feito alguma coisa errada. E o Willy Barth disse: ‘Não, Leopoldo, vocês não fizeram nada de errado’. O que foi um alívio para o nosso pai. Ele sempre foi uma pessoa muito preocupada em ser correta e exigia isso de toda a família. E Barth, depois de sossegar o nosso pai, disse: ‘Vejo que vocês estão muito longe da propriedade, vocês precisam caminhar muito até chegar lá. O que quero é vender uma chácara para ficarem mais perto das terras de vocês’. O nosso pai, já calmo, respondeu: ‘Willy, eu não tenho dinheiro para comprar a chácara’. E Willy: ‘Leopoldo, não falei em dinheiro, o senhor vai pagar a chácara quando o senhor puder’. Com essa proposta, nosso pai comprou a chácara 2, onde hoje está parte do bairro São Lucas, onde está em construção aquela igreja grande”, contam os três pioneiros.

      “Junto com a compra da chácara, Willy Barth pediu para a gente mudar de barracão para morar no novo recém construído pela Maripá, às margens da Sanga Matilde Cuê. Nesse barracão² ficamos morando uns 90 dias até derrubar o mato da chácara e construir a casa. A madeira para a moradia foi toda enviada de Toledo pelo Willy Barth. Mudamos em novembro de 1951 e ficamos aí até 1954, quando fomos morar nas nossas colônias. A chácara depois foi adquirida pelo senhor Reinoldo Freier. Como o pai ainda não tinha pago a chácara para Maripá, simplesmente foi rasgado o antigo contrato e a colonizadora e o senhor Freier fecharam o novo contrato”, seguem na conversa os pioneiros vindos de Campo Santana, perto de Porto Alegre.

       Relatam os três irmãos que, como vinham algumas famílias com muitos cachorros, devido à abundante caça que existia na nova região, logo o barracão da Matilde Cuê se tornou um local de muitas pulgas. O que motivou o pioneiro Alberto Pydd a compor uma pequena canção satírica:

       “Nun adieu, du lieb mein Heimatland!  Lieb Heimatland, adieu!

       Barracão von Matilde Cuê hat viele Hund um bicho-de-pé” !

         <https://photos.google.com/share/AF1QipMMh4luMtX9lJM3xtaThA0BaPeat1rYgWAD3XfO4mG68h_KVOpRTAFQ6OV1jKeZpw? key=cjZJbm1fQ3lqRVk2aHRVM3h0c2lGTnpmcDJKdk9B >

 

      (Tradução: Agora, adeus, minha terra querida! Querida terra, adeus! Barracão de Matilde Cuê tem muitos cachorros e bicho-de-pé).

 

       Eles também informam que todas as chácaras adiante da chácara nº 2 foram vendidas para famílias conterrâneas: Guilherme Brawers, João Gimenez e Erni Heidrich. A chácara nº 1 foi adquirida pelo senhor Alberto Pydd que ali instalou a primeira serraria de Marechal Cândido Rondon. “A serraria era administrada pelo seu filho Harry. O ‘seo’ Alberto ficou mais trabalhando com o caminhão, trazendo mudanças do Rio Grande do Sul”, acrescentam.

       Outro fato interessante que narram é sobre a abertura da estrada, atual Rua Alfredo Nied, no bairro São Lucas, que seguia para a Linha Heidrich: “Os primeiros dois quilômetros ou um pouco mais, fomos nós que abrimos junto com o nosso pai, no braço. O Willy Barth nos contratou para fazer o serviço, quando a gente morava na chácara. A abertura final da estrada foi feita com o trator da Maripá, aquele que está exposto na Praça Willy Barth. Foi o primeiro trecho que a máquina abriu em Rondon”.

 

      Os três irmãos pioneiros falam com muito entusiasmo sobre o passado histórico: “Foram tempos muito difíceis, faltava praticamente tudo, mas a gente se arranjava. Quando a coisa apertava, o pai, que era músicoᵌ e bom cantor, pegava a sua gaita e tocava algumas músicas e a gente cantava e com isso a alegria voltava e a gente tocava a vida em frente. É bom  a gente dizer que naqueles tempos todas as noites se ouvia muita gente cantando em suas casas, às vezes, até meia-noite. Vale a pena lembrar  que nestes anos pioneiros  já fazia muito sucesso a música sertaneja Norte do Paraná⁽⁴⁾  < https://www.youtube.com/watch?v=IccpTwlQm1U >  e o senhor Alberto Pydd  usando a melodia da canção criou uma letra narrando o desenvolvimento de General Rondon:

 

       Oeste do meu Paraná

       Lugar de riqueza igual este não há

       É só aqui chegando para acreditar

       Rondon aumenta e vai triunfar

 

        E tem muitas vilas para se falar

        Ainda pequenas mas vão se formar

       Tem cada avenida que é de encantar

       Tão linda e bonita pra gente admirar

 

       A estrada de rodagem não vou comentar

      Pois foi por ela que viemos pra cá

      A estrada de ferro também vai chegar

      De Porto Guaíra até Maringá

 

      O clima é saudável, maleita não há

      Nem outras ocorrências que se vê falar

      Quem fala essas coisas só quer desprezar

      Por não ter poderes de vir para cá

 

      O verde das matas é só para ver

      As águas correntes que essa zona tem

      Senhor aproveita se quer enriquecer

      Não diga mais tarde que se arrependeu!

 

       < https://photos.google.com/share/AF1QipNRjb85vZVurUDA6ty-UXD80LNAhA07c8dNftBPbhJg8YMtnj9Mjp8Zaw6hYYcFRA?key=Yml6WHhYcDhfWWV4UGFvclFQeU5RYzV0ZnpVWUd3 >

 

     ⁽⁴⁾ Música composta por Palmeira (Diego Mulero) da dupla Palmeira & Bia. Diego Mulero é paulista de Agudos, SP, onde nasceu em 1918. Faleceu na capital paulista, em 1967 < https://pt.wikipedia.org/wiki/Palmeira_%26_Bi%C3%A1>. Acesso em 02.04.2017.  

 

      Lauro confessa que não tem o dom para música e canto, ao contrário do irmão Raul que segue com sua voz atuando em corais de Rondon; e Ivo, que aprendeu com o pai a tocar gaita e igualmente tem boa voz para o canto. “Meu pai insistiu muito para eu aprender algum instrumento musical e canto, mas não teve jeito”, lembra o filho mais velho do pioneiro rondonense Leopoldo Schöne. Assevera que seu pai foi fundador da Banda Teifke, junto com três cunhados e três vizinhos, em Sertão Santana, e que, passados mais de 60 anos, a banda ainda continua em pé.

     Com certa dose de saudosismo, os três irmãos contam que “aos poucos, tudo ia sendo superado. A gente sempre podia também contar com a ajuda da vizinhança, diferente de hoje. Cada um ajudava como podia da melhor maneira possível. Quando alguém chegava, logo os vizinhos próximos corriam para ajudar a descarregar a mudança e se colocar à disposição. Hoje o passado é só lembrança. Estamos felizes em residir neste lugar. Constituímos as nossas próprias famílias, construímos aqui nossas vidas e a de nossos filhos. Estamos felizes de ter ajudado desde o começo a construir esta cidade”.

 

       Ver foto/vídeos da entrevista, em: < https://photos.google.com/share/AF1QipNRjb85vZVurUDA6ty-UXD80LNAhA07c8dNftBPbhJg8YMtnj9Mjp8Zaw6hYYcFRA? >key=Yml6WHhYcDhfWWV4UGFvclFQeU5RYzV0ZnpVWUd3

 

 

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