Governador Professor Viriato Paraigot de Souza recebendo no Palácio Iguaçu a comitiva rondonense para a nomeação de Almiro Bauermann como 2º prefeito nomeado de Marechal Cândido Rondon. Da esquerda à direita: 1º - não identificado (parece ser o Chefe da Casa Civil); governador Parigot de Souza; Almiro Bauermann; empresário rondonense Eno Thessing; vereador rondonense Nori Pooter; ex-prefeito municipal Werner Wanderer, de Marechal Cândido Rondon (líder do grupo de oposição a Dealmo Selmiro Poersch que foi seu vice-prefeito).
Governador Parigot de Souza assinando o decreto de nomeação de Almiro Bauermann. Ao lado esquerdo do governador, o empresário rondonense Eno Thessing, Almiro Bauermann, vereador rondonense Nori Pooter, ex-prefeito Werner Wanderer, empresário Guido Port, presidente do partido Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e deputado estadual João Mansur, Presidente da Assembeia Legislataiva.
Almiro Bauermann (de camisa de manga curta) chegando à Câmara Municipal de Marechal Cândido Rondon para sua posse, na companhia do prefeito municipal Dealmo Selmiro Poersch (de gravata) e do Secretário Municipal de Obras, Reinwaldo Adolfo Prochnow.
Almiro Bauermann recepcionado por uma comissão de vereadores (à esquerda, Salvino Vanderlinde; ao centro, Nori Pooter ; e à direita, Ilvo Grellmann, em sessão solene na Câmara de Vereadores, na sede social do Clube Aliança.
Casal Selmira (nascida Dahmer) e Almiro Bauermann com a filha do casal, durante a sessão especial de posse no Clube Aliança.
Almiro Bauermann prestando juramente perante à Câmara Vereadores de Marechal Cândido Rondon.
Almiro Bauermann recebendo de seu antecessor relatório sobre a situação financeira e administrativa do município de Marechal Cândido Rondon, após a sessão especial de posse.
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Escolha de Almiro Bauermann para 4º prefeito de Marechal Cândido Rondon
Na época vigora a legislação de nomeação de Prefeito nos municípios que faziam fronteira com outros países. Eram considerados como integrantes de área de segurança nacional.
A nomeação se dava por ato do Governador do Estado, após ouvido o Conselho de Segurança Nacional. Significa dizer que a área militar fazia também uma prévia checagem na vida pregressa dos possíveis ocupantes do cargo. Claro, a questão política também tinha sua participação forte.
A nomeação se dava por ato do Governador do Estado, após ouvido o Conselho de Segurança Nacional. Significa dizer que a área militar fazia também uma prévia checagem na vida pregressa dos possíveis ocupantes do cargo. Claro, a questão política também tinha sua participação forte.
Sabemos que após a extinção dos partidos políticos, mais de dez e se achava um absurdo a quantidade, foram formados dois, ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro), aquele governista e este oposicionista. Ambos poderiam funcionar instituindo Sublegendas em até três. Funcionavam como espécie de “filiais”, permitindo disputa de espaços dentro da própria agremiação.
Em muitos municípios o controle do Partido gerava uma disputa acirrada. Não existia comissão provisória nomeada por caciques estaduais no bico da pena como atualmente conhecemos. A escolha dos membros do Diretório Municipal obedecia uma legislação detalhada que tinha que ser obedecida, inclusive com presença de observador da Justiça Eleitoral. Os filiados ao partido participavam ativamente dessa escolha.
Em Marechal Cândido Rondon estava no cargo como 1º Prefeito nomeado Dealmo Selmiro Poersch. Ao se aproximar a data da eleição do novo Diretório da ARENA, início de 1972, inscreverem-se duas chapas, a nº 1, lançada pelo grupo liderado pelo então Prefeito e a chapa 2, sob a liderança do ex-Prefeito Werner Wanderer.
A eleição do Diretório foi precedida por maciça campanha de filiações atingindo o patamar de 4.000 filiados à ARENA. A chapa 2 foi amplamente vitoriosa com cerca de 70% dos votos.
No governo do Estado estava o engenheiro Pedro Viriato Parigot de Souza desde fins de 1971, substituindo o governador Haroldo Leon Perez, forçado a renunciar por denúncias de corrupção.
Parigot de Souza vinha dos quadros técnicos da COPEL, responsável por várias usinas hidrelétricas e era professor no curso de engenharia da Universidade Federal do Paraná.
A eleição do novo Diretório da ARENA em Marechal Cândido Rondon ensejou uma movimentação enorme no sentido de trocar o Prefeito por uma indicação que fizesse jus a essa renovação.
Dentre várias pessoas postulantes, surgiu também o nome de Almiro Bauermann, professor no Colégio Comercial David Carneiro e contabilista atuante na cidade. Era formado em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/Porto Alegre. Na época talvez o único com essa formação no Município. Em Luzerna/SC, onde antes residia, presidiu por algum tempo a UDN (União Democrática Nacional), antes da extinção daqueles partidos.
O governador Parigot de Souza simpatizou-se logo com Almiro Bauermann, ambos professores, de cujo currículo nada tinha a desabonar. Almiro foi nomeado pelo Decreto nº 2404, de 11 de agosto de 1972.
(Texto de Arnold Lamb que foi secretário de Administração de Almiro Bauermann, a partir de 28.08.1972, e mais do prefeito Verno Scherer).
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