Flagrantes do Orquidário de Lineu Robert, em Curitiba. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Parte da exposição de orquídeas e plantas ornamentais da Sociedade Paranaense de Orquidófilos, no Centro Cultural do Portão, em Curitiba, de 21 a 25 de setembro de 1989. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Outro detalhe da exposição no Centro Cultural do Portão, em Curitiba. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Orquidófilo curitibano Lineu Robert que prestou grande apoio na organização da exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Vitrine de plantas em flor para a gravação do vídeo-tape para anúncio na televisão da 3ª Oktoberfest e da 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon. A menina à direita é Marise Schöne. As outras nãoidentificadas. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Outro aspecto da vitrine de plantas para o vídeo-tape montada no interior da residência do Heribert Hans-Joachim Gasa. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Outro instantâneo da vitrine de plantas. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Mais um flagrante da vitrine no interior da casa de Heribert Joachim Gasa. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Capa do convite para a 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Texto do convite impresso na terceira página do convite dobrável. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Relação dos expositores de plantas na Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Classificações das plantas expostas. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Orquidófilo joinvilense Darci Fuckner que foi juiz da Exposição. Imagem: Acervo Darci Fuckner
Orquidófilo curitibano Werner Paske outro juiz da Exposição. Imagem: Acervo jornal O Estado do Paraná
Abertura solene da Exposição. Da direita a esquerda: Reinilda Fuck, Reinoldo Fuck (entre os dois, a senhora Vera Seyboth, primeira dama), Orsi Pfluck (atrás o esposo Hugo Pfluck) e Harto Viteck. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Outro flagrante da abertura da exposição. Ao fundo, a professora Lia Dorotéa Pfluck (de óculos). Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Mais um instantâneo da abertura da exposição. Ao fundo, de chapéu cinza o vice-prefeito Verno Scherer; e a direita, de chapéu vermelho, Itamar Dallagnol. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Final da solenidade de abertura da exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Visitação pública à Exposição. Da direita à esquerda: deputado estadual Wener Wanderer, Reinoldo Fuck, Verno Scherer, Vera Seyboth, prefeito municipal Dieter Leonard Seyboth, Wiland Schurt e Carlos Manteufel, de Joinville. As crianças e a mulher que está entre Wiland Schurt e Carlos Manteufel, não foram identificados. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Outro instante da visitação pública a Exposição. Da direita à esquerda: casal Elizabete Wanderer, Reinilda Fuck, deputado estadual Werner Wanderer, Verno Scherer (chapéu cinza), Dieter Leonard Seyboth e Wiland Schurt. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Outro instante da visitação pública a Exposição. Da direita à esquerda: casal Elizabete e Werner Wanderer, tendo ao fundo a senhora Reinilda (Frühauf) Fuck; Reinoldo Fuck, tendo a frente dois de seus netos) admirando um Cymbidium híbrido e conversando com vice-prefeito Verno Scherer; e o casal Dieter Leonard e Vera Seyboth admirando um exemplar de híbridos de diversos gêneros. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Vista do conjunto da Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Outra vista da Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Publicação de nota na Gazeta do Povo, de Curitiba, com referência a Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Outra nota publicada na Gazeta do Povo abordando a Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Portaria que designou Harto Viteck para realizar visitas para buscar subsídios para a organização da 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Correspondência do presidente da Sociedade Paranaense de Orquidófilos anunciando a remessa em apenso de informações sobre como organização uma exposição de orquídeas. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Primeira página das instruções. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Terceira página das instruções. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Quarta página das instruções. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Quinta página das instruções. Imagem: Acervo Memória Rondonense
Carta do presidente da Associação Joinvillense de Amadores de Orquídeas. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Carta da direção da Copagril autorizando o uso de seu pavilhão no Parque de Exposição Álvaro Dias para abrigar a Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Publicação no boletim da Associação Municipal de Promoções e Festas da Marechal Cândido Rondon referente da exposição de orquídeas e plantas ornamentais. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
Carta da organização da Exposição com o material aos dirigente s AMPFEST quanto ao tipo de material e quantidades necessárias para organizar a Exposição. Imagem: Acervo Memória Rondonense.
A 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon fez parte da agenda programática da 3ª Oktoberfest da cidade, que aconteceu de 27 a 31 de outubro de 1989. A organização do evento foi conduzida por Harto Viteck, a pedido do então presidente da AMPFFEST - Associação Municipal de Promoções, Feiras e Festas - empresário Elio Winter, na época diretor-proprietário da Rádio Difusora do Paraná. A exposição também contou com a participação dos orquidófilos rondonenes, casais Paulo e Ivone Scherer, Arno Alexandre e Oli Gerke, Lia Dorotea Güts [sobrenome de casada), Orsi Pfluck (em memória), Erica Rina Kurtz, Herbert Bier e Harto Viteck).
Essa exposição foi o ponto de partida para o surgimento de vários estabelecimentos de cultivo de orquídeas na região e deu origem a plantação de orquídeas na arborização da sede municipal de Maripá, que a transformou na "Cidade das Orquídeas".
-----------------------------------
TRANSCRITO DA APOSTILA ELABORADA SOBRE A EXPOSIÇÃO
Apresentação
O presente trabalho tem como finalidade primordial deixar um registro para a história da orquidofilia rondonense e do Paraná, bem como, para toda a sociedade. Independente de como se encontra o movimento de cultivo das orquídeas hoje ou amanhã, pequeno ou vigoroso.
Em sua parte primeira, descrevemos o nascimento da orquidofilia local, como contribuição à preservação desse aspecto para as gerações posteriores, estejam elas interessadas no cultivo ou não das orquídeas, ou mesmo, com a intenção de protegê-las contra a sua extinção.
Em outra secção, como destaque da maior importância, relacionamos, em um trabalho conjunto com o Ecomuseu da Itaipu Binacional, por meio do seu setor de Botânica, as orquídaceas nativas dentro de nossa região fitogeográfica. É o primeiro e único trabalho até então, neste campo.
Na subsequente secção, relatamos todo o processo que envolveu para criar e montar a primeira exposição de orquídeas e plantas ornamentais de Marechal Cândido Rondon. Abordando desde as reuniões preliminares até o seu encerramento, com a desmontagem do cenário. Tudo contado em detalhes, para enriquecer o conhecimento daqueles que um dia virão nos substituir nessa tarefa, ou daqueles que pretendem conhecer mais à fundo este campo.
Na estrutura desse trabalho, constam a relação dos primeiros expositores e a classificação de suas plantas. Objetivando registrar, para não esquecer, a importância que teve essa primeira exposição de orquídeas e plantas ornamentais para Marechal Cândido Rondon.
Este trabalho é primário e simplista. No entanto, contém detalhes essenciais que prontamente poderão atender a qualquer pesquisador ou ininteressado. Desconhece-se qualquer obra similar que tenha o objetivo de contribuir para os anais da orquidofilia municipal e regional.
HARTO VITECK
----------------------------------------------
Pag. 02
História da orquidofilia rondonense
Bem, é difícil determinar um período em que as orquídeas começaram a ser cultivadas em Marechal Cândido Rondon. Certamente, os índios tupis-guaranis, e depois os caingangues, não tinham a necessidade de cultivá-las, já que elas existiam na exuberante floresta semelhante a Mata Atlântica, repleta de enormes ipês, altas perobas, cedros, canafístulas, paus-marfim, canjeranas e açoita-cavalos intermeio ao tecido de taquaras, taquaruçus, criciúmas e xaxins; revalizando-se em beleza com as araras, papagaios, periquitos, tucanuçus, tucanos, araçaris, jacus, mutuns, gralhas, bentevis, entre tantas outras.
Sempre foram abundantes em nossas matas: a Miltonia flavescens - maior expoente da família -, Catasetum fimbriatum, Brassavola perrinii, Cyrtopodium paranaensis e sumaré, Zygopetalum, oncidius, epidendrum, entre outras.
Hoje muitos gêneros já desapareceram em estado silvestre, já que a cobertura florestal de outrora, praticamente foi sacrificada. Existem alguns raros exemplares em pequenos resquícios de matas nativas que são mantidos sob o rigor da lei. Outros exemplares são apenas encontradas nas coleções de orquidófilos locais e no Ecomuseu da Itaipu Binacional.
Abordando especificamente a orquidofilia, é verdade que uma ou outra família tinha algumas orquídeas em vasos ou arranjadas em alguma árvore viva. É verdade, também, que muitas nem sabiam que se tratava de orquídeas. Muitas plantas vieram nas mudanças dos colonos vindos dos estados sulinos, ou outros. A planta mais comum era o Dendrobium nobile e alguns híbridos. Com relação ao Dedrobium nobile há um fato interessante. Houve época em Marechal Cândido Rondon que essa espécie era planta muito em cima de pés de xaxim, os quais eram depois plantados em espaços estratégicos dos jardins dos rondonenses.
A primeira pessoa de que se tem notícia que tenha plantado orquídeas, de forma sistemática e com conhecimento de formas de cultura, foi o professor Reinoldo Fuck. Isso pelos anos de 1960, em Iguiporã. Porém, com número diminuto de plantas e, geralmente, instaladas em árvores vivas.
Com ele aprendemos não somente a técnica, mas o que são orquídeas e a sua distribuição pelos continentes.
Como apaixonado pelas maravilhas da natureza, vimos no ano de 1975 uma exuberante florada de Dendrobium nobile. O encanto e o fascínio das flores foi tanto, que nos lançaram no cultivo dessas extraordinárias plantas, com dedicação e estudo. Apoiado em literatura própria que adquirimos, mantemos hoje uma razoável coleção de plantas, praticamente toda identificada. Somos pioneiro nesse tipo de cultivo e continuamos assim fazendo.
Sendo mesmo pequena a nossa coleção de plantas, já interessaram-se em cultivar o sr. Herbert Bier, do qual já fomos vizinho, o professor Arno Alexandre Gerke e sua esposa Oli, Erica Rina Kurtz, Paulo Scherer, Orsi Pfluck, Nelly Dreher e mais tarde veio somar-se ao grupo a professora Lia Güts (filha de Orsi Pfluck - informação nesta transcrição). O casal Bruno Thiele (morador na sede municipal) já tiveram uma boa coleção de plantas, mas que pereceu devido a inexperiência do casal em tratos culturais.
Atualmente, o número de orquidófilos em Marechal Cândido Rondon é bastante pequeno, mas se comparado com outras cidades maiores, é muito bom. Já podemos destacar as boas coleções do sr. Herbert Bier, do casal Gerke, Paulo Scherer, com destaque para a bela coleção da sra. Erica Rina Kurtz.
É muito perceptível a dedicação e o esforço dos orquidófilos locais em aumentar e melhorar suas coleções de plantas.
Pág. 03
Como foi organizada a 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon
A AMPFFEST - Associação Municipal de Promoções, Feiras e Festas - organismo ligado a Prfeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon - presidida então pelo empresário Elio Edvino Winter, diretor-proprietário da Rádio Difusora do Paraná, estava começando a organizar a 3ª OKTOBERFEST de Marechal Cândido Rondon . Isto no começo do mês de setembro. Quando nos solicitou a montagem de uma exposição de orquídeas e plantas ornamentais junto a tradicional festa da cerveja. Na oportunidade, o então presidente, pediu que a exibição fosse algo que realmente atraísse o público, e que para tal, a Prefeitura Municipal daria o apoio necessário e que teríamos a liberdade necessária para sua efetiva organização. Diante da proposta e do interesse pessoal em organizar tal evento, aceitamos o convite.
No começo não sabíamos o que realmente fazer e por onde começar. Não obstante, tendo visita exposições em outras cidades, nunca participamos na organização, sequer, de uma. O primeiro ato, após ter aceito a incumbência, foi manter conato com os demais orquidófilos companheiros, e marcamos uam reunião na casa de Paulo Scherer, sábado, 16 de setembro, às 14:00 horas. Estiveram presentes: Paulo e Ivone Scherer, Arno Alexandre e Oli Gerke, Lia Güts (a primeira vez que participou), Orsi Pfluck, Erica Rina Kurtz, Herbert Bier e Harto Viteck. Foram também convidados Nelly Dreher, que justificou a sua ausência, por ser sábado, e com tem floricultura, tinha uma igreja para ornamentar; e também o sr. Bruno Thiele e esposa, os quais não compareceram, alegando desinteresse na pretendida amostra de plantas.
Na reunião apresentamos a forma para montar uma boa exposição, já que as plantas locais em flor para a época eram poucas. A ideia era de comprar uma quantidade de plantas em flor que atendesse a necessidade para uma boa mostra. Discutido o assunto, ficamos combinados de comprar plantas até o valor de NCZ$ 6.000,00 (seis mil cruzados novos), que antes da exibição seriam divididas em vasos iguais para cada expositor de Marechal Cândido Rondon, ou seja, àqueles que estiveram na reunião. O pagamento da splantas seria feito com as possíveis vendas de plantas (A forma funcionou perfeitamente).
Quanto ao local para essa primeira exposição ficou definido o pavilhão da Cooperativa Agrícola Mista Rondon Ltda. - COPAGRIL - cuja cessão foi solicitada pela própria AMPFFEST. A entidade cooperativa concordou imediatamente. A construção, por sinal, viabilizou muito bem a montagem da mostra.
Acertados esses detalhes iniciais, partiu-se em busca de subsídios e de expositores de outras cidades, bem como, os juízes para o julgamento das palntas que seriam expostas. Mantemos contatos com a Sociedade Paranaense de Oruqidófilos, de Curitiba - da qual somos associado - solicitando a sua ajuda para a exposição. Mo qual fomos prontamente atendidos, pelo seu Presidente, sr. Emir Beltrame. Para juízes, convidamos os orquidófilos Werner Paske, de Curitiba; Ennio Blumm, de Porto Alegre; e Wilson Eugênio Qaundt, de Joinville. Este último, depois substituído por Darci Rudrolfo Funckner, uma vez que não a possibilidade de ser fazer presente. (A Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon custeou as despesas dos juízes).
No dia 21 de setembro, viajamos para Joinville, onde chegamnos no dia seguinte pela manhã. Embarcando, em seguida, em seguida para Corupá, para manter contato com os senhores Alvin e Donato Seidel, proprietários do renomado Orquideário Catarinense, para coleta de subsídios. Fomos muito bem recebidos pelos Seidel, os quais nos deram importantes informações para a exposição, e ainda, nos brindaram com algumas plantas. Ao fim da tarde, retornamos de litorina para Joinville. Na terra dos princípes e das flores, mantemos contato telefônico com o senhor Quandt - presidente da Agremiação Joinvilense de Amadores de Orquídeas - AJAO -, objetivando um encontro em sua casa. Não alcançando êxito, já que o mesmo estava de saída para um casamento. Diante do fato, viajamos à Curitiba, pernotando no Hotel Jaraguá-Curitiba.
No dia seguinte, sábado, visitamos o orquidário de Lineu Robert, no Água Verde, em Curitiba. Estivemos em sua exposição permanente de plantas, anexa a loja, com milhares de plantas floridas. Trocamos muitas ideias com o sr. Robert, recebemos muitos subsídios para a exposição, e ainda, acertamos a compra das plantas que ficou combiando na reunião do dia 16 de setembro, para pagamento posterior à nossa exposição.
Ainda, antes do dia, visitamos a exposição de plantas da S.P.O., no Centro Cultural do Portão. Naquele local, encontramos o sr. Harry Junghans - colunista orquidófilo da Gazeta do Povo, de Curitiba. Durante a nossa permanência no centro Cultural, tivemos também a oportunidade de conhecer os orquidófilos Carlos Manteufel e Darci Rudolfo Fuckner, que igualmente estavam visitando a exposição. Estabelecemos com os dois, mais o sr. Harry Junghans, um excelente intercâmbio de ideias, colhendo bons subsídios. E, vista da impossibilidade do sr. Wilson Quandt em ser juíz na nossa exposição, por sugestão do sr. Harry Junghans e do sr. Carlos Manteufel, convidamos o sr. Darci Rudolfo Fuckner. Tendo o sr. Darci, confirmado posteriormente a sua presença, juntamente com o casal Manteufel. No sábado à tarde, conehcemos o sr. Emir Beltrame e esposa, ele presidente da S.P.O., ou seja, da Sociedade Paranaense de Orquidófilos. Na ocasião, recebemos ainda muitas sugestões para a nossa mostra. À noite, retornamos para Marechal Cândido Rondon, trazendo os preciosos subsídios e acertos para a nossa primeira exposição.
No contato com o sr. Lineu Robert, em Curitiba, conseguimos de seus estabelecimento comercial o patrocínio dos convites para a nossa exposição. Inclusive, em cores. Os convites foram remetidos para todas as associações orquidófilas brasileiras, algumas estrangeiras, e ainda, à autoridades civis, militares e eclesiásticas.
Produção de vídeo publicitário
No começo de outubro, montamos uma pequena vitrine de algumas plantas nossas em flor à beira da piscina do Café Colonial "Sanssouci", para filmagem de vídeo-tape convite para a 3ª Oktoberfest. A vitrine ficou muito bonita, recebemos elogios de todos os presentes ao café colonial.
Montagem do cenário
Planejada a montagem do cenário para a exposição, providenciamos o material necessário: Pedras irregulares, serragem, folhas secas, esfagno, tocos de madeira de eucaliptos, lona plástica, etc. O cenário imitava um ambiente tropical de clima seco, com cascata e um lago, um caminho entre pedras e as plantas expostas no meio das folhagens secas e sobre os tocos de madeira. Entre as folhas secas, destacavam-se plantas vivas, como pintangueiras, palmeiras, xaxins, samambaias e bromélias, entre outras, (Os tocos de madeira de eucalipto foram cedidos pela Cia. Lorenz, de Quatro Pontes).
Contando com a participação de todos os orquidófilos rondonenses e mais funcionários da Prefeitura Municipal, uma semana antes da data prevista para a exposição, iniciamos a montagem do cenário. Trabalho penoso e difícil. Carrgamos mais de 05 toneladas de pedras irregulares com carrinhos de mão, mais de uma tonelada de outro material. O maior trabalho foi com a montagem da cascata e do lago. A cascata exigiu muito, já que sua base necessitava de pedras grandes e muito pesadas. Contamos para isso com o bom ofício do orquidófilo Herbert Bier, tinha alguma experiência nessa área. No entanto, o lago nos deu os maiores problemas, devido vazamento. Inicialmente, usamos um tipo de lona de espessura muito fina, que ao contato com as pedras irregulares furava. tentamos tapar os futos com fita adesiva especial, cujo resultado não foi eficiente. Para solucionar em definitivo a questão, adqurimos uma lona plástica de espessura mais grossa, o que resolveu o vazamento. Para o funcionamento da cascata, contamos com a colaboração da Casa das Bombas, de Werno Ivo Lamb, que emprestou o equipamento necessário, e sua montagem foi feita pela equipe de manutenção da Prefeitura Municipal. A água para a cascata era bomneada do lago, que tinha sido preenchido com água trazida pelo caminhão-pipa do Corpo de Bombeiros. Encerrada a montagem do cenário, com tudo funcionando bem, chegaram as plantas para a exposição. Muito trabalho para colocá-las. No lago foi colocada uma ninféia, aguapés, alface d'água e alguns exemplares de peixe "Nishikigoi", ou carpas coloridas. Recebemos também alguns exemplares de xaxim cedidos pela sra. Nelly Dreher. Um dia antes à abertura da exposição, estava tudo pronto. O cenário com a cascata, o lago, e as plantas com suas múltiplas matizes, ficou como tínhamos vizualizado.
Enfim, chegou o dia da abertura da Exposição, dia 27 de outubro de 1989. Pela manhã, chgeram os casais Carlos Manteufel e Darci Carlos Fuckner, de Joinville, e também o sr. Werner Paske, de Curitiba. O pessoas de Joinville chegou à nossa casa e o Arno Gerke buscou o sr. Werner Paske no terminal rodoviário, já que veio de ônibus. O casal Manteuffel acomodamos na casa do companheiro Herbert nBier e o casal Funckner e o Paske na casa de Arno e Oli Gerke, permanecendo assim até suas saídas. Já o sr. Ennio Blumm, de Porto Alegre, veio de avião até Foz do Iguaçu, onde a Prefeitura buscou com um carro o mesmo. Ficou hospedado no Hoitel Fenícia, de Marechal Cândido Rondon. À tarde, houve o julgamento das plantas, cujo resultado consta em outra secção deste trabalho, como também, os expositores. Já, às 18:30 horas, deu-se a abertura solene da mostra, com o descerramento da fita pelo professor Reinoldo Fuck e esposa. ele um dos primeiros a falar em cultivo de orquídeas em Marechal Cândido Rondon que se tem conhecimento; em companhia dos demais companheiros orquidófilos locais e autoridades.
Aos atos de abertura estiveram presentes o sr. Dieter Leonard Seyboth, Prefeito Munciipal, e esposa Vera; Sr. Verno Scherer, Vice-Prefeito Municipal; Sr. Werner Wanderer, deputado estadual, e esposa Elizabeth; sra. Venilda Saatkamp, Secretária Municipal de Educação e Cultura; sr. Wiland Schurt, Secretário Municipal da Indústria e Comércio; sra. Terezinha Francener Lippert, Diretora do Departmaneto de Cultura; sr. Itamar Dallagnol, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Marechal Cândido Rondon; Sr. Elio Edvino Winter, Presidente da AMPFFEST, entre outros.
O afluxo de visitantes à exposição foi numeroso. De todas as regiões do Paraná, do Brasil e do exterior. Pessoas do Paraguai, Argentina, Estados Unidos e da Alemanha, A exposição também foi visitada pela 1ª dama do Estado do Paraná, sra. Déborah Dias, que foi brindada com um exemplar de Dendrobium pela orquidófila Oli Gerke. A 1ª Exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais de Marechal Cândido Rondon preencheu as expectativas em todos os sentidos, com milhares de visitante se vislumbrando com a beleza do cenário e das plantas expostas. Foi uma rica contribuição para a 3ª Oktoberfest, para Marechal Cândido Rondon, para sua gente, e um saldo positivo para a ecologia. Foi o orgulho dos pequenos orquidófilos rondonenses. Ficou a certeza de que na próxima Oktoberfest realizaremos a nossa segunda exposição.
COMENTÁRIOS